CANÁBIS VS CÂNHAMO

É importante fazer a distinção entre dois termos comummente utilizados para plantas de canábis: canábis e cânhamo. Embora os sistemas de classificação da canábis sejam muito debatidos e possam existir outras características que diferenciem estas variedades, geralmente entende-se por canábis as plantas que contêm um teor de THC mais elevado (por norma, > 0.2%), e entende-se por cânhamo as plantas que têm um teor de THC mais reduzido (por norma, < 0.2%). Foi a canábis quem foi mais afetada pelos tempos de proibição que ocorreram durante o século XX (devido à presença de THC, o principal componente psicotrópico da canábis). O cânhamo, sendo utilizado maioritariamente para a produção industrial (fibras naturais, biomassa, papel) e não para o uso recreativo (uma vez que não provoca efeitos psicotrópicos), acabou por ser menos afetado e o seu cultivo e posterior produção de produtos à base dos seus derivados continuou legal.

Quer a canábis quer o cânhamo têm o potencial de poderem ser utilizadas para fins medicinais. Isto deve-se ao facto de ambas conterem elevadas concentrações de diferentes canabinóides e terpenos que conferem a estas plantas um elevado potencial terapêutico. Para além disso, o cânhamo é também usado para a produção de diferentes óleos com fins terapêuticos que oferecem benefícios para a saúde (por exemplo, as sementes de cânhamo ajudam a diminuir o colesterol e a reduzir a pressão sanguínea).1

  1. Zuk-Golaszewska K, et al. Cannabis sativa L. – Cultivation and quality of raw material. J. Elem., 23(3): 971-984.
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